Ao longo do ano letivo, os alunos do Pré II do Colégio Politécnico embarcaram em uma jornada de descobertas com o projeto “Era uma vez”. Com o objetivo de tornar o aprendizado do alfabeto mais dinâmico e encantador, cada letra do alfabeto ganhou vida, história e sabor, permitindo que as crianças não apenas reconhecessem as letras, mas também as explorassem de maneiras criativas e sensoriais.
“O projeto trabalhou o alfabeto de forma lúdica, com histórias, artes, jornais, vivências e culinária. Cada letra foi explorada com atividades criativas, como confeccionar personagens, plantar feijões, criar convites e preparar uma receita de ‘queijinho de morango’. As crianças aprenderam letras, coordenação motora, leitura, escrita e contagem de maneira divertida e significativa”, explicou a professora Talyta Parise Ferreira.
“Cada letra foi apresentada de forma lúdica e encantadora, despertando o interesse das crianças por meio de contos clássicos, atividades criativas, vivências práticas e muita imaginação. As letras ganharam corpo, cor, som e movimento, convidando os pequenos a observar, traçar, recortar e transformar o conhecimento em arte. Durante uma animada roda de conversa, os alunos relembraram momentos especiais, comidas preferidas e personagens que começavam com as letras estudadas. Assim, construímos, pouco a pouco, um dicionário coletivo, recheado de significados, memórias e descobertas — um verdadeiro tesouro de palavras. O aprendizado nasceu das experiências e das histórias compartilhadas, mostrando que a alfabetização é mais doce quando vem acompanhada de emoção, ludicidade e imaginação”, contou a professora Jeiza Carla Araújo de Oliveira.
Aventuras de A a Z
Para cada letra, uma nova aventura:
Com a letra A, professores e alunos exploraram a história da Branca de Neve e os Sete Anões. As crianças confeccionaram os sete anõezinhos utilizando palitos de sorvete, trabalhando noções de quantidade e contagem de forma divertida e significativa. Com a tesoura nas mãos, praticaram recorte e colagem, desenvolvendo coordenação motora fina, precisão e concentração — habilidades essenciais no processo de alfabetização.
Com a letra J, o mundo mágico de João e o Pé de Feijão ganhou espaço, com o plantio de feijões e o acompanhamento de seu crescimento dia após dia.
Com o C, as crianças viajaram até o baile da Cinderela, criando convites especiais para os amigos da sala, explorando o gênero textual “convite” e exercitando a escrita com propósito e significado.
“Em outro momento encantador, as princesas dos contos de fadas ganharam vida em um divertido jogo de charadas com elementos como espelhos, maçãs e frutas, que levaram os alunos a reconstruir as histórias com criatividade e colaboração. Um dos recursos mais explorados ao longo do projeto foi o uso de jornais e revistas. As crianças pesquisaram figuras, palavras e letras, desenvolvendo autonomia e senso de busca. Além disso, continuaram treinando o recorte e o manuseio da tesoura, fortalecendo ainda mais a coordenação motora fina e o domínio dos gestos manuais. A alfabetização, nesse contexto, tornou-se uma experiência completa — intelectual, emocional e motora”, declarou a professora Jeiza.
O Ponto Alto: Alfabetização na Cozinha!
“O ponto alto da jornada veio com a letra Q e a doce história de Chapeuzinho Vermelho. Entre risadas e suspense, os pequenos se perguntaram: será que ela levou bolo, biscoito ou pão de alho na cesta para a vovozinha? As respostas foram tão criativas quanto saborosas! E foi nesse clima de curiosidade e alegria que descobrimos que Chapeuzinho havia levado um queijinho especial”, contou Jeiza.
Inspirados pela história, professoras e alunos colocaram a “mão na massa” e prepararam o “queijinho de morango”. Segundo as educadoras, a atividade culinária envolveu leitura, interpretação e escrita; as crianças conheceram o gênero textual “receita” e aprenderam sobre sequência lógica, quantidades, medidas e tempo de preparo de forma divertida.
“Depois de misturar os ingredientes, foi preciso esperar o tempo certo na geladeira. A ansiedade era tanta que o relógio parecia não andar! Mas, quando finalmente saboreamos a sobremesa, a alegria foi geral — o aprendizado tinha gosto de conquista”, acrescentou a professora Jeiza.
Doce Encerramento
“Encerramos o projeto saboreando a culinária ao ar livre, celebrando o trabalho em equipe e o prazer de aprender brincando. As letras ganharam cheiro, som, cor e sabor, e se transformaram em uma deliciosa aventura de conhecimento. Assim, entre letras, histórias, tesouras e sabores, os alunos descobriram que aprender é uma experiência completa, que envolve o corpo, o coração e todos os sentidos. Porque cada letra conta uma história e cada história tem um sabor especial”, finalizou.
Experiências e memórias
“Participar do projeto ‘Era uma vez’ foi uma experiência muito especial para o Guilherme. Ele teve a oportunidade de mergulhar no mundo da imaginação, das histórias e dos contos, desenvolvendo ainda mais a criatividade, a oralidade e o gosto pela leitura. Ao longo do projeto, foi possível perceber seu envolvimento e entusiasmo a cada atividade realizada. Ele compartilhava em casa tudo o que aprendia, falava sobre os personagens, recriava histórias e demonstrava alegria em participar das apresentações e produções feitas em sala. Esse projeto contribuiu não só para o desenvolvimento da aprendizagem, mas também para fortalecer sua confiança em se expressar, trabalhando a comunicação, a memória e a interação com os amiguinhos”, disse Karina Kelly Virginio de Araújo de Moura, mãe do aluno Guilherme Araújo de Moura, 6 anos.
“A Fernanda ama as atividades com receita; ela chega em casa querendo fazer várias coisas na cozinha. Esse tipo de atividade desperta neles o interesse em fazer sempre e longe das telas. Ela evoluiu muito: de um tempo para cá, começou a montar sílabas, ler tudo o que vê e escrever com facilidade”, afirmou Bárbara Dias Silveira de Souza Bernabe, mãe da aluna Fernanda Dias Silveira de Souza Bernabe, 5 anos. (Da Redação – Jornal Cruzeiro do Sul)









