Alunos do Politécnico participam de palestra sobre bullying e cyberbullying

Canais de apoio, medidas preventivas e importância do diálogo são destacados durante a atividade

Os alunos do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), participaram de uma palestra para tratar dos temas bullying e cyberbullying. A atividade foi proposta para estudantes do 6º ao 9º ano, bem como para o ensino médio, das duas unidades: Centro e Alto da Boa Vista.

O objetivo era conscientizar por meio da discussão dos assuntos. A advogada Meriellen Moreira Martins foi convidada a tratar do tema com os alunos, explicando os impactos emocionais, sociais e também jurídicos que o bullying e o cyberbullying podem causar.

“Tratamos de questões fundamentais como injúria, difamação e ameaça, explicando de forma clara e acessível o que cada uma dessas condutas representa dentro do ordenamento jurídico e como elas podem ocorrer tanto presencialmente quanto por meio das redes sociais”, detalha.

Além de identificar o bullying e os impactos que causa, também foi abordado com os participantes o que fazer, caso eles passem ou venham a passar por algum tipo de situação. “Também orientei sobre como os estudantes devem agir caso sejam vítimas ou testemunhas, destacando canais de apoio, medidas preventivas e a importância do diálogo com pais, professores e profissionais da escola”, acrescenta Meriellen.

Após a palestra, muitos alunos se sentiram em um ambiente seguro para compartilhar situações do que já viveram ou ainda estavam vivendo. “Recebi diversos relatos emocionantes de alunos que vieram conversar pessoalmente comigo, buscando orientação, apoio e, em muitos casos, desabafando situações que estavam enfrentando em silêncio”, compartilha.

Papel de formação

A iniciativa foi organizada pelas coordenações pedagógicas do colégio, representadas pelos coordenadores Ana Paula Pena, Cloves Reis da Costa, Carlos Eduardo Leite, Jonathan Quintiliano Monteiro e Laura Arato. Os profissionais, inclusive, reafirmam o compromisso do Politécnico com uma educação integral que vai além dos conteúdos curriculares.

A diretora do Colégio Politécnico, Luciane Durigan, destaca que, em um tempo marcado por relações muitas vezes mediadas pelas telas, é fundamental que as escolas assumam o papel de formadoras não apenas de conteúdos acadêmicos, mas também de valores e atitudes.

Conforme ela, a escola precisa ser um espaço de acolhimento, diálogo e prevenção. “Quando falamos de bullying e de cyberbullying, estamos falando de saúde emocional, de segurança e de respeito aos direitos fundamentais de cada aluno”, afirma.

Ainda segundo Luciane, ações como a palestra promovida recentemente demonstram que o colégio segue

investindo na construção de uma comunidade escolar mais ética, segura e comprometida com o bem-estar de todos.

Na prática

O bullying é um assunto que deve ser trabalhado em parceria com os pais, dentro de casa, assim como o cyberbullying, uma vez que as crianças das novas gerações já nascem com acesso à internet.

Pai de Emanuelle Oliveira Fernandes, 13 anos, o autônomo Earle José Fernandes Júnior, 40, conta que, por meio do esporte, ensina a filha a importância do assunto. “A Manu é muito cuidadosa com esse tema. Somos atletas de judô e lá é abordado o assunto o tempo todo”, explica.

Aluna do oitavo ano da unidade do Centro, Emanuelle revela que já sofreu bullying e que a palestra foi necessária. “Eu acho importante porque mexe com a cabeça das pessoas que praticam o bullying para verem que não é nada legal, que as outras pessoas sofrem e que, muitas vezes, não percebem ou acham divertido ver a pessoa sofrendo. E a pessoa que sofre o bullying, ela vê o quanto é importante falar para o professor, para o responsável o que está acontecendo.”

Aluno do primeiro ano do ensino médio da unidade Alto da Boa Vista, Rafael Aguiar, 16, compartilhou experiências e como se defendeu. “Bullying é uma coisa errada obviamente, eu sofri e uma forma de me defender foi praticar também”, lembra. No entanto, o estudante aprendeu que algumas atitudes são erradas. “As figurinhas da internet, que eu achava totalmente inofensivas, fiquei sabendo, nesta palestra, que são erradas”, conclui. (Thaís Verderamis)

Jovens das unidades Centro e Alto da Boa Vista participam da iniciativa: conscientização – Crédito: DIVULGAÇÃO
Advogada Meriellen Moreira Martins é convidada para tratar do tema e explicar os impactos emocionais, sociais e jurídicos – Crédito: DIVULGAÇÃO