Poli Cultural integrou escola e comunidade

Um dia todo para experimentar descobertas e explorar o conhecimento. Esse foi um dos objetivos da feira cultural promovida pelo Colégio Politécnico — mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) — ontem (8), nas duas unidades da escola — na Vila Leão e no Alto da Boa Vista. Pais de alunos e comunidade puderam conferir os trabalhos de mais de 650 alunos, desde o infantil até o ensino médio, desenvolvidos em várias áreas do conhecimento. Em sua terceira edição, o Poli Cultural é realizado anualmente no segundo semestre e aborda temas debatidos em sala de aula por professores.

Os alunos de educação infantil retrataram, através de desenhos, recortes e dobraduras “a primavera da lagarta”. A ideia desta exposição é fazer uma reflexão sobre as mudanças que ocorrem para que uma lagarta se transforme em borboleta e voe. Esta turma foi a única que teve um tema único para todos os alunos.

As salas de ensino fundamental I e II e do ensino médio foram divididas e cada grupo abordou um tema já visto em sala de aula.

VOLTADA A PAIS E COMUNIDADE, OS PRÓPRIOS ALUNOS FIZERAM DESCOBERTAS (CRÉDITO: CEZAR RIBEIRO (8/10/2022))

A coordenadora da colégio, Ana Paula Martins, explicou que “o vínculo da família se une aos métodos pedagógicos utilizados pela escola. É uma parceria muito grande entre todos que faz com que seja esse sucesso e tenha um aproveitamento por parte de todos”, disse.

Entre os assuntos que a comunidade e pais de alunos puderam conferir durante o Poli Cultural estavam a mudança das gerações, o uso da matemática no dia a dia, biologia, criação de um jornal interno e parques ecológicos.

GIOVANA DIAS, DO 6° ANO, E A INSTALAÇÃO QUE REPRESENTOU OS ANOS 1980 (CRÉDITO: CEZAR RIBEIRO (8/10/2022))

Giovana Dias está no 6º ano e representou os anos 1980 na proposta “relações sociais entre as diferentes gerações”, apresentada por sua turma. Com disquete, videocassete, walkman e CD, alguns itens feitos manualmente, ela contou à reportagem do jornal Cruzeiro do Sul que adorou a iniciativa. “Foi ótimo conversar com as pessoas, explicar sobre a década de 80 e também pude contar com a ajuda dos meus pais para descobrir o que havia naquela época”, comentou.

Quando o assunto é fungos e bactérias, o pensamento é de que eles nos fazem mal, mas não são todos que tem essa característica. Por isso é tão importante a pesquisa, para que o assunto seja mais esclarecido. E foi isso que alunos do 1º ano do ensino médio quiseram mostrar no estande “controle biológico”, que continha amostras de microorganismos. Para o estudante Guilherme Rocha, 16 anos, a propagação do conhecimento e da pesquisa científica é fundamental. “Com essa iniciativa do Politécnico, a gente está levando uma coisa muito importante para as pessoas, que é a conscientização, porque se ela pega um alimento ou um fermento natural, por exemplo, é muito melhor para o organismo como um todo”, explicou.

TODOS ESPAÇOS DO COLÉGIO ESTAVAM DECORADOS (CRÉDITO: CEZAR RIBEIRO (8/10/2022))

Para a professora de biologia Luana Guimarães, é essencial sair um pouco do conteúdo da sala de aula e ter “essa vivência com o outro”. “Eles [alunos] se desenvolvem nas mais diversas habilidades, os pais podem ver isso e isso é incrível”, analisou.

Um dos pais que compareceram à unidade 2, do Alto da Boa Vista, foi Joel Andrade dos Santos. Para ele, é mais uma oportunidade de ver a filha do 7º ano se desenvolver, além de ser levado automaticamente para sua época de escola. “Me deu uma nostalgia muito boa essa festa que teve hoje”, contou o empresário que foi a escola com sua esposa e filho.

Para embalar o clima de conhecimento e união que rondou as escolas, os alunos apresentaram suas habilidades musicais ou de múltiplos talentos. De acordo com a organização da escola, cerca de 5 mil pessoas passaram entre as duas unidades do Politécnico. (Thaís Marcolino via portal Cruzeiro do Sul)