No Colégio Politécnico, alunos do 2º ano do Fundamental exploram uma nova forma de comunicação
Na atualidade, a escola enfrenta o desafio de aproximar os alunos dos diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade, valorizando tanto os impressos quanto os digitais. Nesse contexto, o podcast surge como um recurso pedagógico inovador, capaz de despertar o interesse das crianças e desenvolver múltiplas habilidades de forma significativa. No 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Politécnico, a proposta de ouvir e produzir podcasts tem encantado os estudantes. Além de conhecerem um formato de comunicação cada vez mais presente nas famílias e na comunidade, os pequenos descobrem o prazer de usar a própria voz para contar histórias, trocar ideias e organizar pensamentos.
Buscando valorizar a história e o pertencimento da comunidade escolar, as turmas do 2º ano escolheram entrevistar alguns funcionários da instituição como convidados do podcast. Eles trabalharam no roteiro, formularam perguntas e embarcaram com entusiasmo na produção, vivendo na prática a experiência de jornalistas mirins.
“A experiência vai muito além do microfone. Ao planejar episódios, elaborar roteiros e gravar suas falas, os alunos aprendem a respeitar turnos de fala, a se expressar de forma clara e a desenvolver a escuta atenta, habilidades essenciais para a alfabetização. Outro ponto de destaque é o trabalho em grupo: pensar no tema, criar perguntas, narrar ou entrevistar. Tudo é feito em colaboração, o que reforça valores como respeito, cooperação e convivência”, afirma a diretora Luciane Durigan.
O podcast aproxima as crianças da tecnologia de forma consciente e criativa, mostrando que celular e computador podem ser aliados no processo de aprender e compartilhar conhecimento.
Cada episódio gravado se torna um mergulho no universo cultural, trazendo curiosidades, histórias e informações que ampliam horizontes. “Mais do que um recurso digital, o podcast é uma oportunidade de formar crianças críticas, participativas e cheias de ideias prontas para falar e serem ouvidas”, comenta a diretora.
Podcast e entrevista: aprendendo a ouvir, falar e criar na escola
No 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Politécnico, a produção de podcasts mostrou-se uma experiência pedagógica rica, em que o gênero entrevista tem papel central. Ao entrevistar funcionários da escola como convidados de seus episódios, os alunos exercitam habilidades fundamentais da linguagem e da comunicação, ao mesmo tempo em que se envolvem diretamente com a comunidade escolar.
Os entrevistados — o inspetor Carlos Alberto B. Zampol, a professora Andrea Bergamo e a inspetora Leny Aparecida H. Rodrigues — compartilharam com os alunos um pouco de suas trajetórias profissionais dentro e fora do colégio, além de falar sobre hobbies e curiosidades pessoais. A conversa foi leve, descontraída, com boas risadas e trocas inspiradoras.
“Elaborar perguntas exige organização do pensamento, clareza e criatividade. As crianças aprendem a transformar curiosidade em questionamentos objetivos e a refletir sobre o que querem descobrir ou registrar. Durante a gravação, desenvolvem a escuta ativa, aprendendo a compreender respostas, respeitar turnos de fala e adaptar sua linguagem de acordo com o interlocutor — habilidades essenciais tanto para a oralidade quanto para a convivência social. Além disso, a entrevista no podcast promove trabalho colaborativo, pois os alunos participam de todas as etapas: roteirizam, formulam perguntas, organizam a gravação e interagem entre si para garantir que o episódio seja coeso e interessante. Essa prática fortalece a autonomia, a confiança e a capacidade de trabalhar em equipe”, destaca a diretora.
“Outro ponto importante é o resgate do pertencimento e da valorização da comunidade escolar. Ao ouvir histórias de professores, auxiliares e outros funcionários, os alunos reconhecem trajetórias, experiências e papéis diferentes dentro da escola, ampliando seu repertório cultural e social. Assim, trabalhar com entrevistas por meio do podcast vai muito além de gravar perguntas e respostas. É uma oportunidade concreta de desenvolver linguagem, pensamento crítico, criatividade e sociabilidade, ao mesmo tempo em que descobrem que suas vozes podem informar, emocionar e transformar a maneira como olham para o mundo ao seu redor”, completa Luciane Durigan.




