Os egressos dos Ensino Médio do Colégio Politécnico
Essa é uma história que começou em sala de aula, em um processo contínuo de aprendizado, que para alguns já teve início no Ensino Fundamental. Felizmente, teve um final feliz para muitos estudantes; entre eles, o Carlos Eduardo, a Emily, o Gustavo e a Rafaela, que garantiram a continuidade dos estudos em uma faculdade.
No total, foram pouco mais de 80 alunos egressos do Ensino Médio do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA). Mais da metade conseguiu passar no vestibular, outros ainda aguardam resultados de provas, fora os que decidiram esperar mais um pouco antes de ingressar no ensino superior. A lista, para citar apenas algumas graduações e instituições de ensino, inclui aprovados nos cursos de Medicina da Universidade Paulista (Unip); Direito, na Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC); Física, na Universidade de Campinas (Unicamp); Engenharia Química, no Centro Universitário Facens, Publicidade e Propaganda, na Universidade de Sorocaba (Uniso), entre tantos outros.
Certamente, a conquista traz a sensação de vitória para os estudantes, contentamento para os pais e sensação de dever cumprido para os educadores que fazem parte do Poli.
Experiência
A ansiedade costuma anteceder o momento de conferir se o nome consta na lista de aprovados. Trata-se de um novo início, que dessa vez traz ainda mais responsabilidades e vai preparar o jovem para a vida adulta, quando irá exercer a profissão escolhida. A opção, a preparação, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tudo contribui para tornar a jornada exaustiva.
O importante é que, como frisam os professores, os jovens precisam ter confiança no que aprenderam nos anos em que estiveram nos Ensinos Fundamental e Médio.
O Carlos Eduardo Versiani de Lima, de 17 anos, iniciou os estudos no último dia 19, no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Facens, graças a nota conquistada no Enem. “Estamos na semana do calouro, conhecendo a faculdade e tendo dinâmicas incríveis”, conta ao falar da nova experiência. Para ele, o desafio é concluir o curso e se inserir no mercado de trabalho. Contudo, por enquanto ainda é tempo de comemorar. “Quando recebi o e-mail da aprovação, e com bolsa, me senti aliviado e gratificado, pois meu esforço tinha valido a pena”, explica.
Para o Gustavo Lopes Lorente Gama, que tem a mesma idade, o momento é de descanso. As aulas do curso de Física, na Unicamp, começam no dia 28 deste mês. Ele ficou sabendo do resultado no fim de janeiro. “Todo o processo de estudar para os vestibulares foi bem cansativo. O material didático do Colégio Politécnico e as vídeoaulas, além de materiais disponibilizados pelos professores, foram cruciais”, diz ao lembrar de como foi a preparação. É claro que tudo fez sentido quando saiu o resultado. “Queria saber como era a experiência de ver meu nome da lista de aprovados da faculdade e, quando eu vi, fiquei bastante animado. Apesar de ter esperança, nunca se sabe se, de fato, a aprovação vai vir. Então foi uma mistura de alívio com felicidade por ter dado tudo certo. Ainda mais porque foram duas aprovações no mesmo dia (22/01): a primeira na Fuvest e a segunda no Vestibular Unicamp, que foi uma surpresa, já que a primeira chamada foi adiantada”, festeja, merecidamente, o jovem.
Gratidão
O mais interessante é que os estudantes que venceram mais essa etapa rumo à vida acadêmica expressam gratidão pelo que vivenciaram até esse momento. É o caso da Emily Costa Fernandes, de 18 anos, que começou a frequentar, no último dia 15, as aulas de Sistemas Biomédicos, da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec). O resultado saiu em meados de janeiro. “Eu estudo no Politécnico desde o primeiro ano do Ensino Fundamental, então está sendo uma experiência um pouco desafiadora passar numa faculdade e conhecer um ambiente tão diferente da escola, mas é gratificante, sou muito grata por tudo que aprendi e vivi dentro do Poli”, comenta. Para ela, os doze anos de estudos que antecederam a chegada à faculdade, ajudaram muito a ingressar numa instituição pública. “Sinceramente, representa uma vitória, sempre fui bolsista e tive a oportunidade de chegar numa ótima universidade; sou extremamente grata pelas pessoas que conheci nesse processo. Agora, está sendo uma aventura estar em um lugar diferente com pessoas diferentes daquelas que cresci. Acredito que será um passo muito importante para meu amadurecimento e sinto que preciso agradecer ao Poli e, principalmente, aos professores por acompanharem meu crescimento, sempre acreditarem no meu potencial e fazerem parte dessa minha conquista”, agradece Emily.
Pensando nos últimos meses, Rafaela Harumi Correa Yoshida, também de 18 anos, comenta que foi bem estressante a sensação de fazer uma prova “decisiva” para o futuro. Mas se alegra ao saber que venceu mais uma etapa. “Foi muito gratificante, ver o meu nome na lista de aprovados e saber que todo o esforço de doze anos de escola valeram a pena”, explica a futura universitária, aprovada na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o curso de Pedagogia, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As aulas começam no dia 25 de março. Entretanto, tem um detalhe importante, que motivou a escolha da jovem. “Para ser sincera escolhi o curso de Pedagogia há muito pouco tempo. Acho uma profissão linda, que todos, sem exceção, precisaram e irão precisar. Afinal, o professor é quem forma o médico, o advogado e o engenheiro. E espero um dia poder marcar a vida dos meus alunos, como os meus professores do Politécnico marcaram a minha”, finaliza a jovem.