É importante falar sobre bullying na escola

Colégio Politécnico trabalhou o tema durante uma semana com alunos do 8º e 9º anos

Falar sobre bullying é mais do que discutir agressões físicas ou apelidos ofensivos, é compreender como certos comportamentos, muitas vezes silenciosos e repetitivos, afetam profundamente o bem-estar emocional e social das pessoas. O bullying pode acontecer de diversas formas e, quando ignorado, traz consequências sérias para quem sofre e para o ambiente em que acontece.

“Trabalhar esse tema na escola é essencial: é no espaço escolar que aprendemos não só conteúdos acadêmicos, mas também valores como respeito, empatia e convivência saudável. Ao abrir espaço para o diálogo e a expressão, fortalecemos a escuta, damos voz às experiências dos alunos e reforçamos a importância de agir juntos na prevenção desse problema”, explica Luciane Cristina Durigan, diretora do Colégio Politécnico.

O assunto foi trabalhado junto aos alunos do 8º e 9º anos nas aulas de produção textual, com o tema “Bullying: Minha Voz Contra o Silêncio”, durante a Semana de Prevenção ao Bullying, evento interno do Colégio Politécnico.

A professora de língua portuguesa Lina Tridapalli falou sobre o que foi vivenciado junto aos alunos durante a Semana de Prevenção ao Bullying. “Vivenciamos momentos muito importantes na escola. As aulas foram planejadas de forma reflexiva, com debates, vídeos e produções textuais que nos ajudaram a compreender melhor o que é o bullying, suas consequências e, principalmente, como podemos combatê-lo. O tema “Bullying: minha voz contra o silêncio” nos convidou a sair da passividade e olhar com mais empatia para o outro”, relatou a educadora.

“A abordagem nas aulas com os 8º e 9º anos foi fundamental. Os alunos perceberam como a produção de um texto não começa apenas com a escrita, mas com a escuta, com o sentimento e com a intenção de comunicar algo verdadeiro. Ao elaborar nossos propósitos comunicativos, aprendemos a dar voz às nossas vivências e sentimentos, contribuindo para uma conscientização mais profunda sobre o tema. O colégio realizou rodas de conversa em que cada um pôde compartilhar suas opiniões e experiências, o que despertou em muitos de nós a coragem de falar e escrever sobre situações que antes eram guardadas em silêncio. Isso nos mostrou a importância da mobilização, quando nos unimos e falamos juntos, o problema deixa de ser individual e passa a ser enfrentado coletivamente. Refletir sobre o tema antes de escrever também foi essencial”, explicou.

“É importante falar sobre bullying, o Colégio Politécnico aborda o tema com os estudantes, acolhe e faz com que os alunos não comentam o bullying. Durante a Semana de Prevenção ao Bullying foram colocados cartazes explicando sobre o tema e como ele pode ser prevenido. Acho super importante, dialogar, quem sofre normalmente fica quieto, não se expressa, guarda pra si e isso faz muito mal”, descreveu a aluna Manuela S. Pavão.

Fernanda, mãe da Manuela também falou sobre o tema. “Acho importante implementar atividades nas escolas, rodas de conversas, falar sobre bullying, porque o dano é gigantesco, e falar sobre as consequências para quem pratica, conscientizar que bullying é crime”.

“O bullying está em todo lugar, mas o colégio trabalha bem o assunto, acho super importante esse debate, palestras com os alunos, conhecimento e prevenção. É um trabalho bem feito, eu nunca presenciei nenhum ato de bullying na escola”, declarou o aluno Rafael Almeida Dias Batista.

A aluna Clara Venâncio acha importante falar sobre o tema com crianças e adultos para prevenir atos de bullying. “Aprendemos em casa que temos que respeitar uns aos outros e na escola aprendemos a socializar com as pessoas. Existe muito desrespeito hoje, ainda. Muitas pessoas sofrem bullying por conta das diferenças e não é nada legal”.

“O segredo sobre o bullying é a base familiar, os pais precisam ensinar as crianças a respeitar o próximo seja por cultura, escolha de religião ou sexo ou limitações físicas ou psicológicas. Se o respeito prevalecer em qualquer ambiente, não teria lugar para o bullying. Em casa, conversamos muito sobre isso, não queremos deixar o bullying entrar em nossa família”, disse Rose Venâncio, mãe da aluna Clara.

Rafael Almeida Dias Batista – Crédito: ALISSON ZANELLA
Manuela S. Pavão – Crédito: ALISSON ZANELLA