Bonecas de argila que contam histórias

Alunos conheceram as Ritxokos, tradição do povo Karajá, e criaram suas próprias versões cheias de imaginação

Argila, tecidos em mãos, muita arte e criatividade. Os alunos do 1º ano do Poli 1 e 2 embarcaram em uma viagem cultural ao conhecer as bonecas Karajá, conhecidas como Ritxokos. Esse elemento da cultura indígena brasileira ganhou espaço na sala de aula por meio de uma atividade que uniu aprendizado e expressão artística. A proposta buscou aproximar as crianças da cultura popular, despertando respeito pela diversidade, empatia e coordenação motora, ao mesmo tempo em que permitiu que cada um desse forma à sua imaginação na argila.

Entre risadas, mãos sujas de barro e muita imaginação, os pequenos artistas criaram suas próprias versões das bonecas. Foi também um mergulho em valores e tradições que atravessam gerações.

Lara Cosmo Silva, por exemplo, se encantou com a experiência. Sua Ritxoko ganhou um vestido comprido, inspirado na roupa que ela mesma adora usar. “Ficou do jeitinho que eu gosto”, contou, orgulhosa de sua criação.

Já Elisa Guida Magalhães de Oliveira se apaixonou pela textura e pelas cores da argila. “Gostei muito da cor vermelha. Na atividade experimentamos vários tipos de argila, foi uma sensação incrível, uma atividade bem legal”, relatou, com brilho nos olhos.

As bonecas Ritxokos

As bonecas Ritxoko são figuras de cerâmica produzidas por mulheres indígenas da etnia Karajá, no Tocantins. Moldadas com a mistura de argila e água, elas representam não apenas o corpo humano e seus ciclos de vida, mas também animais, seres da natureza e do sobrenatural.

Não existe uma receita única para produzi-las: cada peça carrega a tradição, transmitida de geração em geração. O vermelho usado na pintura vem do urucum; o preto, da casca de uma árvore chamada ixarurina. Além de serem objetos de arte, as bonecas têm um papel fundamental no cotidiano Karajá: ajudam as crianças a se reconhecerem como parte de sua comunidade, aprendendo valores, histórias e técnicas ligadas à sua confecção. Suas pinturas e adornos remetem às roupas, enfeites e à própria pintura corporal do povo Karajá.

Conscientização cultural

Ao conhecerem as Ritxokos, os alunos perceberam que cada povo expressa sua identidade de maneira única e rica em significados.

Desenvolvimento da empatia e do respeito

A atividade despertou a valorização do outro, mostrando que cada arte carrega consigo a história e a alma de um povo.

Mais do que aprender sobre as bonecas indígenas, os alunos vivenciaram uma experiência transformadora: mãos na argila, mente aberta para a diversidade e coração cheio de descobertas.

Aprendizado integral
com a argila

– Estímulo à coordenação motora fina
– Exercício da criatividade e do pensamento espacial
– Contato sensorial direto com a argila
– Expressão de sentimentos e ideias por meio da arte
– Valorização do processo criativo e da cultura popular
(Gabrielle Pustiglione)

. – Crédito: DIVULGAÇÃO
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